Tarja x Nightwish

Não, este não é um post emo!!!

Hoje faz 3 anos que um grande golpe de marketing (ou não) foi dado. Depois de um show em Helsinque a banda Nightwish entregou uma carta de demissão para sua vocalista Tarja Turunen. Fãs ao redor do mundo ficaram chocados com a notícia, já que Tarja era praticamente a marca registrada da banda.

Eu não fiquei chocado, já que não era fã e mal conhecia uma música se quer da banda. Mas acompanhei a notícia que teve grande destaque nos sites sobre música. E o enredo era típico de novela. Ela foi demitida sem aviso prévio, através de uma carta que depois foi publicada na íntegra no site da banda. Teve então resposta da Tarja e tréplica da banda. Enfim, uma mixórdia. Depois de algumas semanas cada um seguiu sua vida.

Nesta confusão eu resolvi ouvir alguma coisa da banda (caí no golpe de marketing) e depois de conversar com alguns amigos "entendidos" da banda me recomendaram o disco Oceanborn.

Fiquei surpreso pois o disco é realmente muito bom. Agradável de ouvir e com uma mistura bem interessante de ópera e heavy metal. Algumas músicas pesadas e rápidas se alternam com belas baladas ao som da incrível voz de Tarja.

Então a pergunta era: será que o Nightwish conseguiria manter o mesmo nível sem sua vocalista símbolo?

A resposta veio em 2007 quando o Nightwish lançou seu novo disco Dark Passion Play e Tarja lançou seu álbum solo My Winter Storm. E a difença era gritante!!!

O Nightwish optou por contratar uma nova vocalista competente, Anette Olzon, mas sem o brilho de sua sucessora. O álbum é fraco e nem se compara a trabalhos como Oceanboarn e Wishmaster. Dizem as más línguas que o tecladista e líder da banda Tuomas Holopainen optou por uma cantora menos expressiva, justamente para não deixar que o resto da banda fosse ofuscada. Mas o efeito colateral foi que o álbum realmente é chato e sem muita personalidade.

Já Tarja lança um disco muito mais lírico e com leves elementos de heavy metal, mas com uma produção excelente e canções muito mais envolventes e bem trabalhadas. Ela conseguiu a façanha de manter o que melhor tinha no Nightwish e ao mesmo tempo encorporar um estilo próprio. E o mais importante: soar renovada e muito mais à vontade. O resultado é que o disco pode agradar tanto a fãs de heavy metal como pessoas que gostam de outros estilos não tão pesados, mas que são atraídas pela musicalidade e a voz marcante da cantora (como é o meu caso).

Eu não sou realmente um grande apreciador do chamado Metal Sinfônico, mas tenho que convir que nesta batalha está Tarja 1 x 0 Nightwish.

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