Costela: essa incompreendida.

Pois acabei de assar uma costela de lambuzar os bigode. (Sim, é assim que gauderiamente se fala: artigo no plural e substantivo no singular!)

A loca tava bagualuda, com a quantidade certa de gordura para ficar macia e suculenta. O pessoal lambeu os beiço, guascamente falando.



Mas eu aindo vejo muito preconceito com a magnânima carne dos pampas. Uma relação de amor ou ódio. Não existe meio termo. Ou o vivente é apaixonado pelo naco de carne num osso ou ele não suporta nem olhar. Eu quando vou numa churrascaria faço questão de provar a da casa. Nem sempre tenho sucesso, mas sempre escuto coisas como "costela tu come em casa" ou "carne ruim, dura e graxenta". Pois não entendo o que passa na cabeça de alguém que se diz apreciador de churrasco mas que não gosta da costela.

Eu entendo que muita gente tem trauma de infância. Eu mesmo não esqueço dos ossos voando na mesa quando era piá, enquanto o qüera tentava arrancar um pedaço com os dentes enquanto segurava o osso com as duas mãos. Quando o pedaço soltava os braços viravam uma catapulta e era sorte se não acabasse na cara do parcero da frente.

A questão da gordura é polêmica, pois apesar de não ser muito bom para o coração, é o que dá o sabor inigualável à peça. Mas dasveis, gauchescamente falando, quando vais no super e tem aquela minga em promoção, tu olha e é 98% granito e 2% carne. Aí, não dá mesmo. Vai do assador (churrasqueiro é coisa de paulista) encontrar o pedaço idial, alegretensemente falando.

Enfim, não é uma carne pra fazer todo dia, e nem sempre ela vai estar perfeita. Mas quando isso acontece é banquete que gaucho nenhum deve refugar. E tenho dito!

Hoje devia ter convidado meu parceiro e colega da firma Comedor de Xis pra degustar. Se desse menos de 6 barrigas pra minha costela ele saia daqui corrido facão!

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